sábado, 25 de novembro de 2017

O impacto e o papel das tecnologias digitais podem ter no atual paradigma educacional e na configuração dos sistemas educativos contemporâneos

    Vivemos numa sociedade em permanente mudança, controlada por leis, valores e preferências instáveis. Alvin e Heidi Toffler, alertam-nos para a necessidade de mudança nos sistemas educativos, referindo que estes não estão preparados para o futuro.  
      A tecnologia entra-nos pelas salas de aula dentro. Em Portugal temos, de forma cada vez mais alargada os videoprojectores ligados a computadores com ligação à  net. E aqui se abre um leque de oportunidades, que assentará na mudança de paradigma se conseguirmos colocar os nossos alunos a pensarem, concebendo estratégias que apelem ao raciocínio, à criatividade, (...), não descurando o lápis e o papel que têm lugar na sala de aula, mas usados ao serviço de uma Educação que faça pensar. A cultura digital tem lugar e pode transformar gradualmente a forma de pensar de alunos e professores, como refere Mª Ivone Gaspar a prepósito do conceito de  "Educação no seu sentido mais abrangente, ou seja, prestar atenção ao ensino e à aprendizagem e privilegiar não só a aquisição de saberes mas também a aquisição e o desenvolvimento de aptidões e competências; acentua a preocupação pelo processo e pelo produto como consequente do binómio ensinar/aprender".
    As tecnologias digitais podem ter um grande papel no atual paradigma educacional e na configuração dos sistemas educativos contemporâneos, captando a atenção dos nossos alunos pela essência que a tecnologia lhes dá diariamente. É fácil verificar que os alunos quando usam os computadores, quer em pesquisas, quer em diferentes softwares didáticos, em envio de email´s e por aí adiante, se encontram mais motivados e encaram as aprendizagens de forma mais motivadora. E se utilizarmos a tecnologia de forma que a aprendizagem seja tido no chamado "Currículo de convergência" onde convergem determinadas disciplinas para resolver problemas, como diz, e bem, o professor António Nóvoa "há uma mudança substancial da conceção de escola. A escola vai libertar-se da escola".
    Edméa Santos remete-nos para a importância de "chamar" ao terreno educativo a fase Web 2.0, onde a interatividade pode e deve ser potenciadora de uma mudança no ensino, onde o aluno não apenas recebe informação, mas apreende de forma reflexiva, tendo um papel importante no conhecimento que se vai elaborando, sendo mesmo ubíquo. Como refere esta investigadora, "A prática docente capaz de contemplar a dinâmica baseada em mobilidade, ubiquidade, autoria, conectividade, colaboração e interatividade deverá propiciar oportunidades de múltiplas experimentações e expressões, disponibilizar uma montagem de conexões em rede que permita múltiplas ocorrências e provocar situações de inquietação criadora e colaborativa".
    Nesta linha , os sistemas educativos dão vida à sociedade pelo que deverão estar sujeitos à dinâmica da mesma, subordinados ao natural processo evolutivo, através das caraterísticas: mutabilidade, flexibilidade e adaptabilidade.
    Se cada sistema viver exclusivamente em torno de si próprio ele está condenado ao fracasso e contribui para o enfraquecimento da Sociedade. Esta fase web 2.0, deve acompanhar e estar espelhada no ensino, pois poderá acompanhar a mudança de paradigma desejada para a idealização endógena de uma Educação construtivista.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017


Que educação para o Séc. XXI? Educação OnLife???


As sociedades estão em constante mutação, onde cada vez mais os cidadãos têm de estar preparados com competências não apenas académicas, mas com uma performance direcionada também para a criatividade, o empreendedorismo que tanta se fala e destaca um país, (...). Cada um dos alunos é uma individualidade que convém maximizar enquanto ser que pensa. E aqui, o perfil do aluno para o século XXI deve apontar, como refere o professor Guilherme D´Oliveira Martins, para o sentido crítico, para a Inclusão, para a criatividade, no sentido de se demarcar da Escola que por aqui e por ali, persiste em transmitir apenas informação. Sim, queremos uma escola OnLife, onde o ser a desenvolver tenha gosto em aprender, fazendo e construindo a sua própria aprendizagem. Penso que o Sistema Educativo Português está a "dar" passos nesse sentido, mas a efetivação cabe a cada um de nós docentes/educadores levar adiante.

As tendências evolutivas interpelam a Educação e os Sistemas Educativos

De facto, quando nos referimos à plena expansão da personalidade humana, ao favorecimento da compreensão, da tolerância, (...), verificamos que este novo paradigma de mudança em termos como a Escola é concebida tem de ter lugar. Como o professor António Nóvoa refere, a escola tem de mudar de paradigma. Este ensino tão compartimentado que existe na maioria das escolas portuguesas tem de ser alterado, repensado, e não se focar apenas numa Educação de conteúdo, mas sim numa Educação orientada para competências que visem a plena expansão da personalidade humana, como refere Ramos (2007) "O desafio colocado aos sistemas educativos para o futuro é o de evoluir no sentido de privilegiar mais a imaginação, a criatividade, a comunicação, o trabalho em equipa, entre outros aspetos que normalmente não são tão trabalhados e desenvolvidos por se dar prioridade, na maioria das vezes, ao conhecimento em abstrato".  De facto, devemos querer uma Educação para o Século XXI que verse o indivíduo como parte integrante de uma sociedade que está em constante mutação, que forme cidadãos com competências digitais, assentes na criatividade, na capacidade de (re)inventar, de liderar em equipa, (...), ou seja, com pensamento próprio e moldável, de acordo com as situações momentâneas da sociedade em constante desenvolvimento.
Todos nós, enquanto professores devemos estar conscientes desta necessidade de mudança!
Há que (re)inventar!!!

Principais tendências evolutivas das sociedades contemporâneas....

Com a Revolução Industrial, a escola formava trabalhadores úteis ao sistema. A educação de uma criança era como manufaturar um produto, um processo mecânico. A escola pensou-se como uma fábrica, alunos obedientes, eficazes, todos têm de saber o mesmo.

 Na segunda metade do século XX, a perceção da escola e do ensino aprendizagem mudou. “O que se aprende, aprende-se fazendo”, através da ação. Pretende-se uma escola ativa, orientada para dar respostas. Em suma, uma escola aberta, sendo verdadeiros centros educativos. A interação entre professores e alunos e família também ela se reforçou.  Neste momento a Revolução digital veio alterar, significativamente, a forma de pensar dos alunos.

Desta forma, os sistemas educativos terão de se adaptar aos novos desafios do século XXI.

O impacto e o papel das tecnologias digitais podem ter no atual paradigma educacional e na configuração dos sistemas educativos contemporâneos

    Vivemos numa sociedade em permanente mudança, controlada por leis, valores e preferências instáveis. Alvin e Heidi Toffler, alertam-nos...